O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi o alvo preferido dos candidatos a deputado federal do ABC durante debate promovido nesta quarta-feira (22/09) pela Universidade Metodista em São Bernardo.
No bloco pertinente ao confronto direto entre os postulantes, o parlamentar Vicentinho (PT) – candidato à reeleição em Brasília – enalteceu o governo Lula na comparação com a gestão FHC. Ao ser indagado por Ricardo Alvarez (PSOL) sobre as alianças do PT com caciques como José Sarney (PMDB), Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor (PTB) em troca da governabilidade, o petista justificou com números.
“Se compararmos os governos, o PSDB não construiu universidades e nem extensão universitária, o Lula foi o presidente que mais investiu em educação. Não é a toa que ele tem 84% de aprovação e é reconhecido como um dos melhores presidentes. Isso convence qualquer brasileiro que o Lula é o cara”, disse Vicentinho.
“Não da pra fazer comparação com o governo FHC. Isso é covardia porque nós do PSOL consideramos como uma gestão nefasta. Reconheço os avanços no país no atual governo, mas na percepção do nosso partido é impossível fazer as reformas necessárias com essas alianças”, retrucou Alvarez, cutucando também a gestão tucana.
Na sequência, antes de iniciar o “dueto” também com o candidato do PSOL, Marcelo Chehade (PSDB) não defendeu o ex-presidente da República ao admitir que a gestão FHC errou em alguns pontos. O tucano elogiou Lula, mas não deixou de trazer a tona o debate político nacional envolvendo os escândalos protagonizados na Casa Civil pela ex-ministra Erenice Guerra. “O Lula realmente atingiu índices importantes, mas não da para aceitar essa cegueira. O Lula nada sabe e nada vê. O Lula poderia ser ótimo, mas não foi por causa da corrupção”, argumentou.
O debate também teve a presença dos pleiteantes Mauricio Soares Júnior (PDT), Vera Mota (PV) e Vandelrei joeli (PMDB), que protagonizaram discussões mais amenas. O pedetista reiterou que é candidato da renovação. “Preciso enfatizar que o candidato não é meu pai. Quero mostrar que a política não é tudo errado e que os jovens não devem se afastar dela”, disse, referindo-se ao ex-prefeito de São Bernardo, Maurício Soares (PT).
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